
A porção alta da Bacia do Rio Paraná enfrenta a pior seca hidrológica desde janeiro de 1981. Ela é responsável pela metade da geração de energia elétrica do Brasil e é crucial para o abastecimento de água e energia elétrica para dezenas de milhões de pessoas também na Argentina e no Paraguai.
Imagens de satélite divulgadas pela União Europeia revelam a situação crítica do Rio Paraná. De acordo com o MetSul, um dos principais geradores de conteúdo de informação meteorológica do Conesul, em Santa Fé, na Argentina, o Rio Paraná chegou nesta semana ao nível de apenas 0,25 metro e ficou perto da marca de 27 de junho do ano passado, quando o rio atingiu a sua menor marca desde a seca de 1970.
Na capital da província argentina de Entre Rios, o Paraná ficou 12 centímetros abaixo do nível do mar, enquanto o valor médio do nível no mês de julho na localidade é de 3,10 metros.
Dados obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo junto ao Operador Nacional do Sistema mostram que o quadro do Rio Paraná é crítico e tende a piorar com a temporada seca do inverno no Brasil Central, o que agrava o risco de que nos próximos meses possam ocorrer medidas mais extremas como racionamento de luz.
O cenário muito grave é observado em quase todas as barragens localizadas na Bacia do Rio Paraná que abastecem as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Existem dezenas de usinas espalhadas pela calha principal do Rio Paraná e pelos rios que compõem a sua bacia, como Paranaíba, Grande, Tietê, e Paranapanema.