A ponte Bioceânica, que ligará Carmelo Peralta, no Paraguai, a Porto Murtinho, no Brasil, atingiu um avanço de 63,91% até novembro de 2024.
Neste momento, prepara-se para uma fase crucial: a construção dos segmentos, através de um sistema de sucessivos cantilevers com carros avançados.
Dentre as atividades em andamento na área estaiada da ponte, destaca-se a elevação do Pilar 14 do lado brasileiro, que completou 18 dos 27 metros necessários, bem como o pós-tensionamento horizontal que está sendo realizado fora. Além disso, o segmento inicial D1, que faz parte do tabuleiro do pilar 14, está em fase de ajuste final antes de ser concretado. Esta estrutura é constituída por laje de betão armado com armaduras, nervuras longitudinais, vigas transversais e sistemas de ancoragem dos esteios.
Também estão sendo recebidas as estruturas dos carros avançados, vindas de São Paulo, Brasil, que serão utilizadas para a construção das aduelas típicas. Trata-se de um equipamento especializado que permite a colocação precisa dos segmentos, que são as seções que compõem o tabuleiro da ponte. Graças ao seu sistema de cantilevers sucessivos, os carros avançados facilitam a extensão da passarela para o espaço vazio, permitindo trabalhos em altura seguros e eficientes.
Entre as obras já concluídas estão as estruturas de concreto armado dos viadutos de acesso dos dois lados da ponte, bem como a preparação da rampa de acesso do lado paraguaio, que conta com proteção de pedestres. A obra está prevista para ser concluída no primeiro semestre de 2026.
A ponte Bioceânica, financiada por Itaipú do lado paraguaio, representa um avanço significativo na infraestrutura regional. Esta nova passagem fronteiriça irá melhorar a logística e aumentar a competitividade económica em toda a região.
Considerado um elo fundamental no Corredor Rodoviário Bioceânico, conectará os oceanos Atlântico e Pacífico através do Chaco Paraguaio, tornando-se o novo Canal do Panamá terrestre.
Fonte: Mopc-PY