Para quem foi à 2ª edição do Festival de Empreendedorismo do Sebrae/MS, não faltaram oportunidades para vivenciar inovação.
A inovação transforma negócios e a sociedade, e marcou o EmpreendeFest 2024, seja nas pesquisas científicas, experiências interativas com tecnologia e games encontrados no espaço Conexões Inovadoras, seja nos produtos e serviços de startups expositoras no evento. Para quem foi à 2ª edição do Festival de Empreendedorismo do Sebrae/MS, no Bosque Expo em Campo Grande, não faltaram oportunidades para vivenciar a inovação na prática.
Elo entre o que é produzido na academia e nas soluções entregues para a população em diferentes áreas, as pesquisas científicas também são fonte para o surgimento de negócios inovadores.
Por isso, pesquisadores sul-mato-grossenses apresentaram projetos no EmpreendeFest, dentro do espaço Conexões Inovadoras, fruto do convênio “MS Inova Mais” entre Sebrae e Governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semasdec), e que também integra a programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
“Nós usamos uma palavra que ainda não está no dicionário, mas eu acho que quando se propõe no estado a ter uma série de políticas públicas voltadas para o empreendedorismo, usamos o conceito ‘inovabilidade’, uma junção das palavras inovação e sustentabilidade.
Quando conseguimos falar em inovabilidade, abrangemos investimento social, ciência e tecnologia, cadeias produtivas. Temos que trabalhar com a disrupção sob o ponto de vista da inovação social e tecnológica”, avalia o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, que é conselheiro do Sebrae/MS.
O reitor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Marcelo Turine, também conselheiro do Sebrae/MS, defende a importância do empreendedorismo nas universidades. “A UFMS tem empreendedorismo no estatuto e isso mudou a cultura institucional da universidade, focamos na inovação e assim pensamos fora da caixa”.
Mercado de games
Para além das pesquisas científicas, a inovação permeia todos os setores econômicos e um deles é o mercado de games, em ascensão. No EmpreendeFest, o público conferiu o Museu do Videogame, apresentando clássicos como Sonic e Mario Super Mario World, que marcaram o surgimento dos jogos eletrônicos, até um espaço com gameplays ocorrendo em tempo real, com os últimos lançamentos onde a interatividade é a base.
O videogame já faz parte da formação dos jovens como do João Vítor de 20 anos, que é head de Marketing e foi conferir o espaço no evento. “Sempre fui muito fã de games, sempre tive todos os videogames. Meu pai, quando eu era criança, ele me fez ir evoluindo junto com o videogame Ele me deu primeiro Atari e passei por todos, hoje jogo no computador mesmo. Faz tanto parte da minha vida que até já fiz uma campanha de marketing com uma empresa de São Paulo, que foi relacionada ao Mario Kart, que eu jogava e foi um sucesso”, conta.
Juliana Exner é estudante de veterinária e também gosta de jogar em seu tempo livre, mas não descarta estudar algo no segmento de tecnologia. “Estar aqui é a oportunidade de saber o que é tendência, eu já faço um curso na área da saúde, mas acredito que é possível estudar algo em tecnologia e facilitar a vida de todos. Eventos como esse são muito importantes e conseguem ampliar nossa visão. É para todo mundo conhecer novas tecnologias, porque até os mais velhos podem a ter contato com um mundo que muitas vezes não entendem e para os mais novos uma forma de abrir portas”, explica.
De acordo com o secretário executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc, Ricardo Senna, que é conselheiro do Sebrae/MS, os jogos também podem ser usados de forma didática. “Eu posso ensinar através do jogo, existem games que você utiliza para medicina, para operar antes de ir para um paciente real, tem simuladores de voo, e também cai no desenvolvimento de inteligência artificial que já usamos há muito tempo, mas que vai determinar o futuro”, avalia.
Ainda na programação, o mercado de games foi destaque com o painel “Geração S – Conhecendo a linguagem dos jovens e como ganhar dinheiro com isso”. Segundo o analista-técnico do Sebrae/MS, Flavio Domeniche, que também mediou a discussão, a característica principal desta geração é a vontade de empreender.
“Hoje no Sebrae, trabalhamos com os jovens com a geração S, que é uma geração que tem a ânsia em empreender. Cada geração tem sua maneira de falar e uma maneira de consumo, então criamos a ‘geração S’ justamente para falar com todas as gerações e trazer eles para esse mesmo universo empreendedor. Oportunidades como essa nos permitem fazer essa conexão das gerações para apresentar as oportunidades e tendências que estão vindo no futuro e mostrar para eles que dá para empreender”, explica Domeniche.
Startups no EmpreendeFest 2024
Nesta edição, as startups ganharam um espaço dedicado a elas, com o objetivo de mostrar seus negócios, além de promover troca de experiências, parcerias e investidores. Uma delas foi a Práxis Contêiner, que trabalha a arquitetura modular, tanto para casa, escritório, loja e existe desde 2020. “Foi uma solução que a gente começou também devido à pandemia, são nos momentos de crise que surgem as oportunidades. Desde 2020, já entregamos mais de 50 containers em quatro estados diferentes. Participei ano passado do EmpreendeFest e esta edição está bem proveitosa, trocando contatos e agendando reuniões”.
Outra startup presente era o Clube Nino, um central de trocas de vestuário infantil, onde os associados podem utilizar as peças que não usam mais como crédito para retirar outras que precisem. De acordo com Hugo Sérgio Siqueira Borges filho, a ideia é proposta é algo sustentável e que pode oferecer oportunidades para pais que crianças até oito anos uma economia na hora de investir em vestuário.
“O potencial da Nino como uma startup, é oferecer crescimento dela como baixo custo ela atender 500 associados e pode passar a atender 5 mil, ela também consegue, sem que a gente tenha que investir, pois são os próprios associados que trazem a roupa. Então o poder de escala dela é muito grande, o que pode ser muito rentável. Durante o evento podemos ter o contato com o público e ter a validação da proposta. É uma boa oportunidade de você ter contato direto com o cliente final é através desses insights, dessas dúvidas, das sugestões que a gente amadurece o negócio. E esse tipo de evento também nos coloca em contato com investidores, que é uma coisa que as startups, os negócios precisam bastante”, ressaltou Hugo.
EmpreendeFest 2024
A segunda edição do Festival de Empreendedorismo do Sebrae/MS ocorreu entre os dias 2 e 3 de outubro de 2024, no Bosque Expo, em Campo Grande. Mais informações: empreendefest.ms.sebrae.com.br.
Fonte: ANS|Sebrae MS