Brasil Mais Produtivo, que tem o apoio do Sebrae, ganha destaque em anúncio no Planalto como estratégia para aumentar a competitividade e a transformação digital das empresas.
O Sebrae será parte importante da Nova Política Industrial Brasil (NIB), anunciada nesta segunda-feira (22) pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), em Brasília. A NIB destaca o Brasil Mais Produtivo entre as iniciativas do governo para a construção de uma indústria mais inovadora, sustentável e competitiva no país. O programa voltado para a transformação digital conta com o apoio do Sebrae para levar inovação rápida com ganhos de produtividade e eficiência para micro e pequenas empresas (MPE) de todo o território nacional. Os investimentos previstos para o programa somam R$ 2 bilhões.
Para tornar a indústria mais moderna e disruptiva, o governo estabelece a meta de transformar digitalmente 90% do total das empresas industriais brasileiras e triplicar a participação da produção nacional nos segmentos de novas tecnologias.
O plano de ação da Nova Política Industrial foi apresentado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, ao presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião no Palácio do Planalto.
Segundo Alckmin, o programa Brasil Mais Produtivo vai alcançar 200 mil empresas, sendo 93,1 mil atendimentos nos próximos três anos.
“O Senai já está contratando os consultores e estabelecendo a plataforma. E o Sebrae, presencialmente, quero destacar aqui o Décio Lima, do nosso Sebrae, faz o projeto e o BNDES financia. Ou seja, um apoio presencial às micro, pequenas e médias indústrias. E mais duzentas mil empresas através da plataforma digital”, completou. Alckmin destacou ainda que “as inscrições já estão abertas. Basta entrar no site do ABDI, ou do Senai, ou do Sebrae”. E frisou: “São R$ 2 bilhões para digitalização pelo Brasil Mais Produtivo. Para a gente ganhar eficiência na pequena indústria.”
Nova era da indústria brasileira
Ao todo, o governo federal prevê R$ 300 bilhões para financiamentos, sob gestão BNDES, Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), com destinação à linhas específicas, não reembolsáveis ou reembolsáveis, e recursos por meio de mercado de capitais, em alinhamento aos objetivos e prioridades das missões para promover a neoindustrialização até 2026.
Durante o evento, o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, frisou o compromisso da instituição em estabelecer parcerias importantes para o setor produtivo nacional. “Estamos concluindo agora a reunião liderada pelo presidente Lula e pelo vice Geraldo Alckmin, onde todo o setor produtivo se fez presente na nova política de neoindustrialização. Com a presença principalmente do BNDES e de todos os órgãos produtivos das cadeias da indústria brasileira, houve o lançamento de uma pauta de crédito de R$ 300 bilhões para o próximo período. Portanto, o velho acabou, o tempo da decadência econômica brasileira, que foi produzida pelo período anterior, principalmente com os conceitos do neoliberalismo, ficou para trás, porque levou o Brasil a um processo de crise sem igual.”
O presidente Lula, por sua vez, reforçou a necessidade de governo federal apresentar resultados concretos das ações da Nova Política Industrial nos próximos anos. Ele reconheceu o empenho do Conselho, formado por representantes dos ministérios, BNDES, setor produtivo, sociedade civil e trabalhadores.
“Podemos sair do patamar que nós nos encontramos e dar um salto de qualidade. É muito importante para o Brasil que nós voltemos a ter uma política industrial inovadora, totalmente digitalizada como o mundo exige hoje. E que nós possamos superar de uma vez por toda o problema do Brasil de nunca ser um país definitivamente grande e desenvolvido”, enfatizou.
Durante coletiva de imprensa, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, defendeu ainda o papel do Estado como indutor do desenvolvimento indústria brasileira. Segundo ele, o país está diante de uma janela histórica de oportunidades e dos desafios da transição digital acelerada e crise ambiental provocada pelas mudanças climáticas. Ele também aproveitou para destacar o papel do Sebrae, junto com o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, para impulsionar a indústria.
Fonte: Agência de Notícias Sebrae
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