O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel e o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), participam na quarta-feira (23), em Brasília, de reunião com o presidente do Chile, Gabriel Boric e autoridades dos países que integram o Corredor Rodoviário Bioceânico de Capricórnio.
O encontro ocorrerá na Embaixada do Chile, como parte da agenda oficial da visita do presidente chileno ao Brasil.
A Rota Bioceânica é uma das principais apostas do Governo de Mato Grosso do Sul para superar gargalos logísticos e ampliar a competitividade das exportações sul-mato-grossenses, especialmente do agronegócio. Mais do que um corredor de escoamento de produtos, trata-se de um eixo de integração econômica, cultural e social entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, com Mato Grosso do Sul ocupando posição de relevância na articulação entre os países.
O encontro desta quarta-feira reunirá também ministros, parlamentares e empresários do Chile, além de representantes do Governo Federal brasileiro, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e autoridades regionais dos países envolvidos.
A pauta principal será o avanço das obras e ações estratégicas necessárias para viabilizar o Corredor Bioceânico, projeto que pretende conectar os portos do norte chileno aos mercados do Centro-Oeste brasileiro.
Para o secretário Jaime Verruck, a reunião reforça a importância da articulação internacional na concretização da Rota. “O que vemos hoje é o alinhamento dos países envolvidos em torno de um objetivo comum. A visita do presidente Boric, com uma comitiva técnica e empresarial, mostra o compromisso do Chile em garantir as condições para que o Corredor se torne realidade. Para Mato Grosso do Sul, isso significa acesso mais direto aos portos do Pacífico, redução de custos logísticos e geração de novas oportunidades econômicas para nossa população”, destacou.
Durante o encontro, será apresentada uma mesa-redonda com foco na infraestrutura, segurança nas fronteiras, logística portuária e oportunidades de negócios. O Chile, por meio de seu Plano de Ação para o Corredor Bioceânico, já anunciou o desenvolvimento de 22 projetos rodoviários estratégicos, além da modernização de portos como Iquique, Antofagasta e Mejillones — pontos de chegada das cargas brasileiras transportadas pela rota.
Em fevereiro deste ano, Mato Grosso do Sul sediou o Seminário Internacional da Rota Bioceânica e o 6º Foro dos Governos Subnacionais do Corredor, eventos que reforçaram o protagonismo do Estado na consolidação desse eixo continental de desenvolvimento.
Com cerca de 3.300 km de extensão, a Rota Bioceânica atravessa quatro países e oito territórios subnacionais, conectando Campo Grande (MS) aos portos chilenos no Pacífico. Quando concluída, o Corredor deverá representar uma alternativa concreta ao transporte marítimo tradicional pelo Atlântico, com ganhos de tempo, redução de distâncias e fortalecimento das relações comerciais entre a América do Sul e países asiáticos.
Fonte: Semadesc-MS|Marcelo Armoa