Evento reúne produtores e especialistas para debater inovação e baixa emissão de carbono na pecuária brasileira.
O Brasil ocupa uma posição de destaque na produção agropecuária mundial, e Mato Grosso do Sul é um dos estados que mais contribuem para essa realidade.
A agricultura tropical desenvolvida no país combina inovação, produtividade e sustentabilidade. Para o presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, esse modelo é um diferencial que precisa ser cada vez mais reconhecido globalmente.
“Não há no mundo nada igual ao que fazemos. Por isso essa discussão é tão grande. A nossa agricultura tropical é resultado de décadas de pesquisa e desenvolvimento, liderados pela Embrapa, e precisamos levar essa realidade para o mundo, especialmente para a Europa, demonstrando que produzimos com qualidade e sustentabilidade. Nossa produção a campo faz a mitigação do sequestro de carbono, por exemplo”, destacou Bertoni durante a abertura da Dinâmica Agropecuária (Dinapec) 2025.
O evento, realizado pela Embrapa Gado de Corte, reúne produtores, técnicos e pesquisadores para a apresentação de tecnologias voltadas ao aprimoramento da produção pecuária. Neste ano, além das atividades técnicas, a programação inclui o primeiro Fórum Pré-COP 30, que debate a sustentabilidade da produção de bovinos no Brasil e reforça a importância da pecuária na agenda climática global.
A Famasul, ciente da relevância da COP 30 para o setor produtivo, tem acompanhado de perto os debates e estratégias que serão levadas à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
A preocupação com as diretrizes e os impactos das decisões tomadas na COP 30 também motivou a Comissão Nacional da Pecuária da CNA realizar uma reunião em Campo Grande nesta semana. O encontro tem como objetivo discutir as estratégias para o setor nos próximos 30 anos e como a ciência e a tecnologia tem contribuído para o desenvolvimento sustentável da pecuária brasileira.
O governador Eduardo Riedel ressaltou que, entre os diversos temas que serão levados à COP, a sustentabilidade dos sistemas produtivos e a preservação do Pantanal serão destaques por parte do Mato Grosso do Sul.
“Nosso estado tem investido em modelos produtivos de baixa emissão de carbono, desmistificando a percepção de que o agronegócio brasileiro seria um grande emissor de gases de efeito estufa. Temos inúmeros exemplos de sistemas produtivos que estão alinhados a essa redução das emissões, e essa é uma pauta essencial dentro das discussões da COP”, afirmou.
Outro ponto central da agenda é o Pacto Pantanal, iniciativa que será apresentada como um exemplo de equilíbrio entre a produção agropecuária e a conservação ambiental.
“Na próxima quinta-feira, lançaremos o Pacto Pantanal, que será levado à COP como um modelo de conciliação entre os sistemas produtivos e a preservação do bioma e da biodiversidade”, destacou o governador.
Além do presidente Marcelo Bertoni, também participaram da abertura do evento o diretor-tesoureiro da Famasul, Frederico Stella, e o superintendente do Senar/MS, Lucas Galvan.
A Dinapec segue até o dia 26 de março, na sede da Embrapa Gado de Corte, oferecendo uma programação diversificada que inclui palestras, dinâmicas de campo e discussões sobre os desafios e oportunidades do setor pecuário brasileiro frente às mudanças climáticas e às exigências do mercado global.
Confira a programação completa no site: https://www.embrapa.br/gado-de-corte/dinapec-2025
Fonte: Sistema Famasul – Ana Palma e Laura Toledo