Discussões da COP 30 abrem Fórum em Campo Grande (MS)

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Papel das instituições em construir tecnologias de agricultura que não só reduzam as emissões como favoreçam a adaptação da agricultura, se fortalece. Fórum pré COP 30 será em Campo Grande.

“De Baku a Belém: agropecuária brasileira na COP 30”, esse é o tema da palestra magna do Fórum Pré-COP 30 , que começa nesta segunda-feira (24), em Campo Grande (MS). Ministrada pelo pesquisador Marcelo Morandi, membro da delegação brasileira nas negociações sobre clima da UNFCCC (Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas), a palestra abre o evento que acontece no auditório Manoel de Barros do Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo.

“É importante lembrar que a COP não é do Brasil e nem da Amazônia. As discussões são globais, assim como os desafios. Porém as soluções dependem de características locais, regionais, da construção de tecnologias adaptadas a cada região”, afirma Morandi. Presente em outras Conferências, ele conta que as negociações na COP tentam abordar os cinco grandes pilares da Convenção Climática: mitigação, redução das emissões de gás de efeito estufa, adaptação, financiamento, transferência de tecnologia e criação de capacidade.

Sendo assim, o papel das instituições em construir tecnologias de agricultura que não só reduzam as emissões como favoreçam a adaptação da agricultura, se fortalece. Para o também cientista da Embrapa, é importante construir esse conhecimento, especialmente no clima tropical, de tal maneira que “promova a produção de alimentos, fibras e energia, e ao mesmo tempo, ajude a superar os problemas que as mudanças climáticas estão trazendo”. Morandi lembra que o único setor com capacidade natural para remover carbono do ambiente é a agricultura.

Um ponto-chave nessa discussão é a adoção das tecnologias já existentes pelo setor, a qual depende não somente da disponibilização das mesmas, mas de transferência, capacitação para uso e financiamento para adoção. O especialista explica que o tempo de transição para a adoção de um novo modelo tecnológico pode reduzir a renda do produtor ou sua capacidade de produção, assim o financiamento é essencial.

Da Capital do Azerbaijão a Capital do Pará, o financiamento deve voltar à pauta. Em Baku, a questão do financiamento climático não chegou ao valor esperado. Em Belém haverá continuidade do processo para fomentar ações que coloquem o planeta de volta ao rumo, e “sermos mais ambiciosos nas contribuições nacionais. Foi frustrante em Baku, esse objetivo, porém nos deu condições de continuar a discussão, principalmente, por que a intensificação dos fenômenos climáticos extremos estão pressionando para um forte investimento em adaptação”, avalia. Na COP 30 são 196 países em debate e o Brasil tem grande influência, sendo um cinturão tropical do planeta.

O Fórum Pré-COP 30 íntegra a Dinapec 2025 e as inscrições são gratuitas e estão abertas, diretamente pelo site do evento .

Sobre a Dinape

A Dinâmica Agropecuária – Dinapec é uma realização da Embrapa, do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), e do Sistema Famasul, com patrocínio da Unipasto, Timac Agro, Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos do Brasil (PronaSolos), Sicoob e Marfrig Global Foods.

 

Fonte: Agência Gov|Embrapa

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