Com 62% de avanço em sua construção, a ponte da Rota Bioceânica entre o Paraguai e o Brasil recebeu nesta quarta-feira a visita de duas importantes autoridades regionais.
A Ministra de Obras Públicas do Paraguai, Eng. Claudia Centurión, e sua homóloga chilena, Jessica López, fiscalizaram o andamento deste trabalho estratégico que marca um marco na integração sul-americana.
Durante a visita, a Ministra Centurión destacou o apoio político ao projeto: “Há uma vontade clara por parte dos presidentes da região de gerar e apoiar obras de integração. O Corredor Bioceânico é uma grande obra que une quatro países: Brasil, Paraguai, Argentina e Chile”, destacou.
O responsável do MOPC destacou que esta iniciativa está “passando do papel à realidade”, e permitirá estabelecer a rota mais curta entre os portos do Atlântico e do Pacífico, gerando novas oportunidades para toda a região.
O secretário do Estrado lembrou ainda que o projeto é complementado por outras obras em andamento, como o terceiro trecho da rota Bioceânica que vai de Mariscal Estigarribia ao município de Pozo Hondo, na fronteira com a Argentina.
Por sua vez, a ministra chilena Jessica López enfatizou o significado histórico do projeto: “Estamos vendo um sonho tão antigo se tornar realidade para nossos países, que é unir o Oceano Atlântico ao Pacífico”. López destacou que esta ligação não só beneficiará o comércio, mas também fortalecerá os laços culturais e turísticos entre as nações. “Os portos do Chile são uma porta de entrada para o leste, oferecendo economias significativas de tempo e dinheiro para cargas provenientes desta parte da América do Sul”, acrescentou.
A estrutura, que será concluída em março de 2026, terá comprimento total de 632 metros, com vão central de 350 metros entre estacas. Os pilares, elementos centrais da ponte estaiada, atingirão 130 metros de altura.
A obra incorpora inovações em segurança e acessibilidade, incluindo estradas de 3,60 metros, acostamentos de 3 metros, ciclovia e pista de pedestres. Terá também grade anti-suicídio e capacidade para suportar o trânsito de bitrens, e umm elemento distintivo será o sistema de mastros, concebidos como portas simbólicas entre os dois países.
No que diz respeito à conectividade terrestre, já foram iniciadas as licitações do lado Carmelo Peralta, cujo acesso será de 3,8 quilômetros, enquanto do lado Porto Murtinho (Brasil) serão cerca de 13 quilômetros a serem construídos.
Fonte: Mopc-PY