Representantes da Argentina, Brasil, Chile e Paraguai reuniram-se em Assunção para consolidar um projeto estratégico de integração continental. O encontro, realizado nos dias 19 e 20 de novembro, marcou uma virada no planejamento do Corredor Rodoviário Bioceânico (CBV), iniciativa que promete transformar a conectividade sul-americana.
A reunião abordou aspectos fundamentais para o desenvolvimento do corredor, estabelecendo grupos de trabalho especializados em obras públicas, logística, transporte, produção e simplificação de procedimentos fronteiriços. O objetivo central é concluir as obras rodoviárias previstas para 2026, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico através de uma infraestrutura que transcende a simples construção rodoviária.
Um dos projetos complementares mais ambiciosos inclui a construção de um gasoduto de Vaca Muerta, que cruzará o Chaco paraguaio até o Brasil, juntamente com um cabo de fibra óptica que melhorará substancialmente a conectividade digital regional. Estas iniciativas procuram melhorar não só a infra-estrutura rodoviária, mas também a integração energética e tecnológica.
Um projeto abrangente para transformar a região
Os coordenadores nacionais destacaram a importância deste empreendimento como o maior projeto de infraestrutura para a integração física, econômica e sociocultural da região. O projeto apresenta uma visão abrangente que vai além da conectividade, buscando criar novas oportunidades de desenvolvimento, intercâmbio comercial e atração de investimentos nos territórios vinculados ao corredor.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) apresentou avanços na cooperação não reembolsável para preparar um Plano Diretor Regional de Integração e Desenvolvimento. Simultaneamente, foram partilhados estudos sobre processos transfronteiriços, facilitação do comércio e melhorias no transporte internacional.
O encontro consolidou o compromisso multilateral de promover um projeto que promete transformar a integração sul-americana, gerando novas perspectivas de crescimento econômico e de cooperação regional nos próximos anos.
Fonte: Mopc-PY