A chefe do Ministério de Obras Públicas e Comunicações (MOPC), Eng. Claudia Centurión, esteve hoje como palestrante no Seminário sobre Corredor Rodoviário Bioceânico, realizado na sede do Ministério das Relações Exteriores do Paraguai, com a participação de representantes do Chile, Argentina e Brasil.
Durante a sua intervenção, a alta funcionária do Estado destacou os benefícios econômicos do corredor, que significarão uma redução de até 66% nos tempos logísticos, e quase 20% nos custos operacionais.
“Mas além dos números, o mais importante é que estamos diante de um trabalho disruptivo, um antes e um depois para a integração regional da América Latina”, acrescentou.
Da mesma forma, disse que não podemos sequer estimar totalmente o impacto transformador que este trabalho de integração terá para a região.
“Como sempre digo, no caso do Paraguai, o desenvolvimento do nosso país virá do Chaco paraguaio, aquela terra prometida cheia de enorme potencial e grandes oportunidades. E esta obra do Corredor Bioceânico será o grande gatilho para o crescimento e integração dos nossos países”, afirmou.
A ministra afirmou ainda que hoje mais do que nunca, ao mais alto nível, existe uma firme vontade política por parte dos nossos dirigentes em promover este projecto no mais curto espaço de tempo possível, sem poupar recursos nem esforços.
“Porque este Corredor se tornou uma obra emblemática, uma amostra de políticas públicas de infraestrutura de longo prazo, que transcendem os governos”, acrescentou.
Relativamente aos próximos desafios, considerou que, uma vez construída a infra-estrutura física, surge agora o desafio da convergência regulatória, de trabalhar em conjunto para estabelecer os padrões e regras que permitam o funcionamento eficiente deste Corredor.
Além da infraestrutura
Para a ministra, o Corredor Bioceânico vai além de um projecto de infra-estruturas e de todos os desafios logísticos e de gestão, “na realidade, este é um projecto de integração cultural, de intercâmbio entre as pessoas, entre as nossas sociedades, entre os nossos países, e temos para abordá-lo como tal”, refletiu ela.
Da mesma forma, destacou outros benefícios que o corredor trará aos cidadãos, como a geração de empregos, o desenvolvimento de novas indústrias e a possibilidade de posicionar o Chaco paraguaio como um importante centro logístico e industrial.
Por último, Centurión sublinhou mais uma vez que a infra-estrutura é apenas o primeiro passo, e que agora devemos trabalhar na gestão eficiente deste Corredor, evitando a repetição de erros de outros centros fronteiriços, e implementando tecnologia e inovação para garantir um trânsito livre e seguro de mercadorias. e pessoas.
O seminário contou com a presença de representantes dos países envolvidos, bem como de acadêmicos e especialistas no assunto, demonstrando o caráter internacional e multidisciplinar desta iniciativa de integração regional.
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