Pela primeira vez, a estatal vinculada ao MME negociou cargas baseada no preço do petróleo Brent.
A empresa chinesa China National Offshore Oil Corporation (CNOOC), que produz no pré-sal, foi a vencedora do processo de venda direta realizado pela Pré-Sal Petróleo (PPSA) nesta quarta-feira (21), para comercializar a terceira carga de petróleo da União, de 500 mil barris, oriunda do contrato de partilha de produção de Sépia.
Esta é a primeira vez que a CNOOC adquire uma carga da União. A empresa participa dos contratos de partilha dos blocos de Búzios, Pau-Brasil, Libra e Alto de Cabo Frio Oeste.
Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a comercialização do óleo da União deve cumprir o seu papel social e ser revertida em benefícios para a população. “O pré-sal é um patrimônio de todos e vem servindo ao povo brasileiro por meio do regime de partilha de produção, garantindo recursos para o nosso desenvolvimento econômico e social. Nós podemos agregar ainda mais valor com o refino desse óleo e fortalecendo a nossa segurança energética”, disse Silveira.
Todas as empresas que já atuam no pré-sal foram convidadas para participar, além da PRIO e da Refinaria de Mataripe. Cinco delas enviaram propostas: CNOOC, Galp, Petrobras e Refinaria de Mataripe e Equinor. As ofertas de preço foram abertas em tempo real, e contou com a participação de representantes das empresas participantes.
Pela primeira vez, a PPSA, estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), vendeu cargas baseada no preço do Brent, principal indicador internacional para a negociação da commodity. Até então, as vendas eram realizadas com base no preço de referência estabelecido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
Esta foi a venda mais competitiva realizada pela União, com o maior número de participantes.
A Galp Energia Brasil e a Petrobras foram as vencedoras das duas cargas de Sépia comercializadas, respectivamente, em agosto de 2022 e em julho de 2023.
Fonte: Ministério de Minas e Energia