O Ministério das Obras Públicas e Comunicações (MOPC) partilhou com a comunidade científica e diversos sectores da sociedade, os resultados obtidos com a “Monitorização de mamíferos nas travessias de fauna do primeiro trecho do Corredor Rodoviário Bioceânico entre Carmelo Peralta e Loma Plata (rota PY15), Paraguai”.
Este trabalho, selecionado por um comitê científico que incluiu membros do Grupo de Trabalho de Transporte da América Latina e do Caribe, foi apresentado no âmbito da “VI Conferência sobre Mastozoologia”, evento que aconteceu de 14 a 16 de setembro de 2023 na Universidade Membro da comunidade do nosso país.
Em representação do MOPC participou a Eng.ª Laura Riveros da Direcção de Gestão Socioambiental (DGSA), que na quinta-feira, 14 de Setembro, apresentou os resultados do estudo no espaço científico correspondente à zona do percurso ou auto-estrada. ecologia.
Na ocasião, explicou que entre as medidas de mitigação ambiental bem sucedidas aplicadas pela instituição, está actualmente a adaptação de bueiros ou pontes para funcionarem como travessias de vida selvagem. Isto para restaurar parcialmente a conectividade e reduzir a mortalidade da vida selvagem em torno da infra-estrutura rodoviária.
Acrescentou que a fotoarmadilha é uma das primeiras ferramentas de monitoramento utilizadas nas obras, o que no caso do primeiro trecho da rota PY15, de Carmelo Peralta a Loma Plata, permitiu capturar e divulgar um total de 22 espécies que utilizam o construído passa a fauna, sendo a espécie Cerdocyon Thousands (Aguarai) a mais diversa, seguida pela espécie Procyon cancrivorus (Aguará Pope).
Destacou ainda que o monitoramento de esgotos e pontes adaptado como medida de mitigação ambiental permitiu uma aproximação ao conhecimento e eficácia de sua aplicação, registrando mamíferos categorizados inclusive como vulneráveis pela União Internacional para a Conservação da Natureza e em Perigo de Extinção no âmbito nacional.
Ele mencionou que entre essas espécies de mamíferos vulneráveis estão o Chrysocyon brachyurus (Aguará, Guasu), Leopardus pardalis (Jaguarete’i), Leopardus geoffroyi (Tirika) e Priodontes maximus (Tatu Carreta) e o Myrmecophaga tridactyla (Jurumi), inclusive categorizado como ameaçado .extinção.
Por último, o especialista ambiental referiu que o MOPC tem outros projectos e monitorizações semelhantes que incluem a construção de eco-dutos como travessias de vida selvagem, e outras adaptações.
A atividade – organizada pela Associação Paraguaia de Mastozoologia (APM) – tem como objetivo difundir o conhecimento sobre os mamíferos junto aos diversos setores da sociedade, principalmente do Paraguai e da Região Neotropical, bem como os papéis ecossistêmicos que desempenham. Nesta ocasião, houve cooperação do Benjamin Franklin Science Corner, da Sociedade Científica do Paraguai, da Embaixada dos Estados Unidos no Paraguai e da Universidade Comunera.
Fonte: MOPC-PY