Com uma visão de futuro que aponta para a integração regional, a construção da ponte Bioceânica segue seu rumo sem parar. Depois de concluída, a obra garantirá não só o trânsito terrestre como o fluvial, potencializando o comércio pela hidrovia Paraguai-Paraná.
Nesse sentido, seu desenho geométrico permitirá a navegabilidade do rio Paraguai em seu percurso pelo departamento do Alto Paraguai (PY) e pelo estado do Mato Grosso do Sul (BR), eixo estratégico para o desenvolvimento da integração regional.
A manutenção da navegabilidade do rio tem sido um fator fundamental na definição da tipologia da nova ligação rodoviária, bem como no estabelecimento do seu traçado final . Este desenho permite a existência de um canal de navegação centrado no rio Paraguai, com 195 metros de largura e 29 metros de altura, mesmo em condições de cheia máxima do rio; que, do ponto de vista estatístico, ocorreria uma vez a cada 100 anos.
Ponte Bioceânica vai garantir trânsito terrestre e fluvial
A este respeito, o Eng. José Luis Pando, da empresa PROINTEC, responsável pela conceção e fiscalização das obras, destacou que a ponte é uma infraestrutura pensada para o futuro e para o desenvolvimento da região, tanto do ponto de vista da integração e a ligação rodoviária da rota Bioceânica, bem como o transporte fluvial no Rio Paraguai, garantindo a passagem de comboios de até 16 jumbo barcaças.
O desenho geométrico do alçado da Ponte Bioceânica, projeto financiado por Itaipu, Margem Direita, permite a navegabilidade do Rio Paraguai em sua travessia pelo departamento do Alto Paraguai (PY) e o estado do Mato Grosso do Sul, fundamental para o comércio internacional .
Entre outros pontos, o referido canal faz parte do projeto Hidrovia Paraguai-Paraná promovido desde 1967 e concretizado com a criação do Comitê Hidroviário Intergovernamental, em 1989, e sua inclusão no marco do Tratado da Bacia do Prata.
A empresa PROINTEC ficou a cargo do Estudo Técnico de Viabilidade e do Projeto de Execução de Engenharia para determinar os requisitos aplicáveis ao projeto da ponte em termos de navegabilidade da Hidrovia e atualmente é responsável pela fiscalização da obra.
Para o projeto da ponte foi realizado um levantamento exaustivo de informações, incluindo as normas, leis e regulamentos do Paraguai e do Brasil que seriam aplicáveis, já que por se tratar de uma obra binacional, não só deve cumprir os requisitos locais, mas também com as do país vizinho, a fim de estabelecer quais eram as mais restritivas e quais determinariam as condições finais do projeto.
Essa terceira união física com o Brasil faz parte do futuro corredor logístico que unirá os oceanos Atlântico e Pacífico e permitirá a integração regional e o crescimento econômico.
O Consórcio PYBRA (Tecnoedil SA, Paulitec e Construtora Cidade) está encarregado de concretizar a nova ligação internacional, que é gerida pela Unidade de Execução de Projetos (UEP-DCyP) do Ministério das Obras Públicas e Comunicações (MOPC), com o Financiamento da Itaipu Binacional.
Fonte: Mopc| PY
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