Caminhoneiros paraguaios ficam presos na neve da Cordilheira dos Andes

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Ficaram presos na neve da Cordilheira dos Andes, do lado chileno, 15 caminhoneiros paraguaios, depois que uma tempestade impediu o avanço de 250 caminhões. Pessoas tiveram que ser resgatadas em um procedimento que durou várias horas. 

No coração da Cordilheira dos Andes, na passagem de fronteira que liga Mendoza (Argentina) ao Chile, 250 caminhoneiros ficaram retidos no sábado (9) depois que uma tempestade de neve atingiu a região. A passagem foi novamente fechada, antes que todos os veículos passassem, obrigando os motoristas a pedir socorro.

“Há 15 paraguaios que ficaram retidos. Na manhã de sábado, as autoridades consideraram que havia uma janela de bom tempo. Então, para descomprimir um pouco a pressão que havia naquele passo de um lado e do outro, eles permitiram a passagem”, disse o cônsul do Paraguai no Chile, José María González, ao site ABC Color.

“Infelizmente, o que aconteceu foi que do lado argentino ficou um caminhão grande encalhado, e do lado chileno aconteceram alguns acidentes nas curvas em espiral (…) cerca de 250 veículos ficaram retidos”, acrescentou.

Resgate

Ainda segundo ele, alguns motoristas pediram ajuda porque não conseguiram suportar a noite, enquanto outros tinham comida, combustível suficiente e ficaram em seus veículos. 

González explicou que o problema de abandonar o veículo é que, passado o acidente, é muito difícil dar partida nos caminhões, pois uma vez que o motor é desligado, tudo congela, até o combustível. Eles têm que esvaziar o radiador, porque senão ele estoura, todos os líquidos devem ser esvaziados. Por isso, muitos preferem ficar se tiverem mantimentos. “Os dois últimos compatriotas foram resgatados por volta das 5h. Todos estão bem, estão em abrigos e em boas condições”, disse. 

Já Cristian Duarte, caminhoneiro paraguaio, comentou que ainda está encalhado no lado argentino, cerca de 3.600 metros acima do nível do mar. Ele disse que, diferentemente dos outros caminhoneiros paraguaios, não conseguiu descer no último sábado.

“Estou voltando do Chile para o Paraguai. No sábado permitiram a passagem. Havia muitos caminhões e o ritmo era lento. A neve começou a cair ali e tudo quebrou”, lamentou. Ele afirmou ainda que está utilizando o aquecimento do seu caminhão e que “se acabar o combustível a situação vai ficar feia”.

Com informações do site ABC Color

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