Campo Grande (MS) – As universidades podem ser as bases de apoio do governo na elaboração de projetos estratégicos de longo prazo visando o desenvolvimento sustentável do Estado. O governo trabalha em dois eixos principais, conforme explicou o secretário adjunto da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Ricardo Senna, em evento na manhã desta quinta-feira (1º): o projeto de bioeconomia e o projeto da rota bioceânica.
“Nossa intenção é que as universidades possam ancorar esses dois grandes projetos que desenham um futuro grandioso para Mato Grosso do Sul. Já temos o apoio da Universidade Federal e da Universidade Estadual nos estudos para implantação da rota bioceânica, que começa a se tornar realidade e que vai dar um novo e importante impulso à economia local, com impactos em todo país. Agora queremos estender essa parceria em pesquisas para fomentar a bioeconomia, aproveitando o vasto potencial natural que dispomos”, afirmou.
RILA
Senna participou da assinatura de convênio em que a universidade estadual (UEMS) cede à universidade federal (UFMS) o uso conjunto do Cefront (Centro de Estudos de Fronteira). Na prática acontece, com o convênio, a fusão do Cefront com o Cadef (Centro de Análise e Difusão do Espaço Fronteiriço) da UFMS, dando viabilidade a realização de estudos e pesquisas mais amplas com foco na cultura, na economia, no ecossistema das regiões fronteiriças do Brasil com Paraguai e Bolívia.
Além dos reitores das duas universidades, Fábio Edir dos Santos (UEMS) e Marcelo Turinee (UFMS) e do secretário adjunto Ricardo Senna, que no ato representou o governo do Estado, estava presente ainda o embaixador da República do Paraguai em Mato Grosso do Sul, Ricardo Caballero Aquino, entre outras autoridades.
Senna ressaltou e agradeceu o apoio da UFMS e UFMS no projeto da Rota de Integração Latino Americana (RILA), um corredor rodoviário integrando o Brasil, Paraguai, Argentina e Chile que possibilitará o escoamento da produção agrícola nacional pelos portos chilenos rumo aos mercados asiáticos. “Será uma economia de 8 mil quilômetros na viagem de navio até a China, 20 dias a menos, vamos imaginar isso em custo de frete”, ponderou.
Cefront
O Cefront é fruto da generosidade, desprendimento e gratidão do general Rubens de Sá Padilha, que prestou serviço militar no Estado. Tinha uma paixão muito grande por livros, herdada do seu pai, e após ir para a reserva comprou com recursos próprios um terreno na Vila Bandeirantes, em Campo Grande, onde construiu e equipou uma biblioteca que guarda todo o acervo de livros e objetos pessoais, como fotos e condecorações obtidas ao longo da sua carreira militar, bem como de seu pai.
Esta biblioteca, inaugurada em 2016, recebeu a denominação de “Centro de Estudos de Fronteira General Padilha” em homenagem ao seu pai, que, da mesma forma, era Oficial do Exército Brasileiro, também da Arma de Cavalaria. Rubens Padilha faleceu em 2017; a biblioteca e todo o seu acervo foram doadas ao Exército Brasileiro, que repassou a administração e manutenção do espaço à Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.
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Fonte: ms.gov