Campo Grande (MS) – “Vamos trabalhar agora, muito firmemente, com o apoio da bancada federal, para garantirmos os recursos para a ponte no orçamento da União”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja na semana que passou, em encontro com os integrantes da segunda edição da expedição que percorreu seis mil quilômetros da rota bioceânica, da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai até a costa do Pacífico, no Chile.
Reinaldo destacou a mobilização do empresariado para viabilizar o novo corredor, enfatizando que o Governo do Estado e as lideranças políticas também atuam com foco no projeto binacional, no qual a construção da ponte de concreto sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho, é um símbolo e imprescindível para concretizar um sonho de muitos anos. “Não podemos afrouxar agora, e já avançamos muito”, disse ele.
Projeto do Brasil
Para o governador, a concretização da nova rota, que integra Mato Grosso do Sul ao Paraguai, Argentina e Chile por rodovias, “está muito próxima de se tornar uma realidade” e realçou a determinação do presidente da República, Michel Temer, em relação a ponte, acordada com o Paraguai, e o empenho pessoal do coordenador-geral de Assuntos Econômicos do Ministério das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro.
“O presidente tem demonstrado um carinho muito especial a este projeto, entendendo sua importância não apenas para nosso Estado, mas para o Brasil”, disse Reinaldo Azambuja. Ele observou que o governo de Goiás também está muito interessado na rota pelo fato de hoje aquele estado concentrar mais de 50% de suas exportações no mercado asiático, com projeção de chegar a 70%. “É uma oportunidade que se abre para todos.”
Força empresarial
Reafirmando o comprometimento institucional e político do seu governo ao projeto de integração latino-americana, o governador parabenizou a iniciativa do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística (Setlog) de percorrer a rota até os portos chilenos, com a participação de 29 caminhonetes e 80 pessoas. “O trabalho em conjunto, onde a iniciativa privada mostra sua força, nos permitiu avançar muito nesse propósito”, pontuou.
Em conversa com os empresários, da qual participaram os secretários de Estado, Eduardo Riedel (Governo e Gestão Estratégica), Marcelo Miglioli (Infraestrutura) e Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Reinaldo Azambuja demonstrou preocupação com as questões alfandegárias, um dos gargalos a serem superados para tornar os produtos do Estado mais competitivos no exterior.
“Não podemos esperar cinco dias para liberar uma carga”, reclamou, defendendo uma aduana integrada para fluir as mercadorias “e economizar tempo e dinheiro”. O presidente do Setlog, Cláudio Cavol, agradeceu o apoio do Governo do Estado ao movimento do setor em favor da rota e falou do otimismo da classe após as visitas ao Paraguai, Argentina e Chile. Ele acredita que os entraves burocráticos serão tratados pelo governo brasileiro com prioridade.
Fonte: ms.gov